O presidente venezuelano ordenou a ocupação militar de fábricas arrozeiras por deixarem de produzir o arroz branco, pressionando assim o preço do produto ao consumidor
03/03/2009
da Redação,
Por ordem do presidente venezuelano, Hugo Chávez, o governo nacional tomou medida preventiva de ocupação temporária de várias indústrias produtoras de arroz no país, ante o desvio do produto para outros fins, deixando de lado os preços regulados, o que obrigava o consumidor a pagar preços mais altos.
A decisão de ocupação das fábricas de arroz foi tomada por Chávez no último dia 28 de fevereiro. O presidente venezuelano acusou as empresas de boicotar a cadeia de fornecimentos ao recusarem-se a produzir arroz – uma das principais produções agrícolas venezuelanas – aos preços definidos pelo Executivo.
Segundo o Ministério da Agricultura, as empresas passaram a produzir apenas variedades de arroz não-tabeladas para ter mais lucro. A medida de intervenção das fábricas de arroz tem como objetivo garantir a todos os venezuelanos a disponibilidade de arroz branco no mercado nacional, de acordo com o vice-ministro de Economia Agrícola, Richard Canán.
Canán explicou que uma das fábricas de arroz ocupadas já no dia 28, a da Alimentos Polar, localizada em Calabozo, estado Guárico, estava processando menos de 50% de sua produção sem nenhuma explicação a respeito. Conforme o presidente da Associação de Produtores de Arroz em Calabozo, Víctor Cortéz, existe matéria-prima suficiente para se processar o arroz regulado na região.
Segurança de Estado
“Se alguma indústria deseja atropelar os consumidores a fim de obter maiores dividendos, nós vamos intervir. Para o governo, o acesso aos alimentos é um tema de segurança de Estado”, disse nesta terça-feira(03) o superintendente Nacional de Silos, Armazéns e Depósitos Agrícolas (SADA), Carlos Osorio Zambrano.
Osorio assinalou que a partir desse objetivo, o governo Bolivariano aprovou uma resolução que pretende que as empresas cumpram com os níveis de produção de alimentos regulados.
O superintendente explicou que esta resolução que se coordenou com todas as plantas processadoras de alimentos, “não é uma resolução arbitrária, é uma decisão coordenada com os ministérios do Poder Popular para a Alimentação e da Saúde, produto das irregularidades que viemos observando desde o ano passado”.
Segundo ele, o Executivo conta com o Sistema Integral de Controle Agroalimentário em toda a produção e distribuição de alimentos, para garantir o máximo de felicidade possível à população venezuelana.
Osorio também ressaltou que “não se descartam outras intervenções de empresas, já que devemos proteger a população”. (com ABN e agências internacionais).
Ah, que falta faz um Chávez no Brasil!
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