Assisti um filme que gostaria de comentar, é do cineasta Claudio de Assis, com Mariah Teixeira, Caio Blat, Dira Paes e Matheus Nachtergaele .. O Baixio das Bestas.
Um senhor de bengalas, leva uma criança pela mão até uma parte mais alta de uma calçada, onde ele tira a roupa e a expõe para uma platéia, os homens ao verem o corpo nu da criança se masturbam, claro que para isto o senhor cobra uma taxa para ver o espetáculo. O senhor é o avô e pai da menina, e o filme retrata a exploração sexual e a pobreza existente no Nordeste.
É um filme verdadeiro, e cru, explicito na apresentação do tema, muitas pessoas não irão gostar, mas não é uma questão de gostar, e sim de sentir...seja qual for a reação. Mas na vida real não se pode dar as costas a esta situação.
Antes de postar fui pesquisar sobre o filme e vi um comentário que me fez transcrever aqui...
Daniel Levi – o Globo online
O baixio das bestas – é uma jornada pela miséria humana
"Tá sentindo um cheiro estranho? É a podridão do mundo", diz um homem. "Baixio das bestas" (veja o trailer), novo filme de Claudio Assis que estréia nesta sexta-feira, é mais uma viagem no universo particular de seu autor. Uma jornada de uma hora e vinte pela miséria, decadência e podridão humana. Decididamente, não-indicado para pessoas de estômagos sensíveis, cabeças fechadas e obcecadas pelo bom gosto.
Assim como em seu primeiro longa-metragem, "Amarelo manga", (2003) e no curta "Texas hotel" (1999), os temas com os quais o diretor parece confortável são sempre desconfortáveis. E, talvez, por isso mesmo, mereçam atenção e reflexão. Ao mesmo tempo, são revisitados situações, enquadramentos e movimentos de câmera que dão às três obras uma unidade incontestável. É como se todos os seus personagens fossem aparentados, próximos, integrantes da mesma Comunidade. No universo "mundo cão" dos três filmes, eles dariam a mão a cantarolar. Heresia; estamos falando dos personagens de Claudio Assis. Eles iam é se matar na porrada.
"Baixio das bestas" não enrola nem amacia. Um "Irreversível" da Zona da Mata - guardadas as devidas proporções -, assim como no polêmico filme francês, em "Baixio das bestas" não há vaselina. Até por isso, Caio Blat e Matheus Nachtergaele gritam numa orgia: "- Cadê a manteiga? Hoje eu quero c*!". Masturbação, estupro, espancamento de mulheres, exploração de menores, pedofilia, sodomia, depilação íntima feminina in loco (ou em foco, ou em close), um pouquinho de sexo explícito, pênis na tela, vaginas na tela, está tudo lá. Por trás, um estudo cru e cruel sobre a exploração humana, sobretudo da mulher.
De um lado, a menina explorada pelo avô - que também é seu pai -, sendo exposta por ele, nua, para caminhoneiros. Um puteiro freqüentado por violentos agroboys é o outro lado da moeda responsável pela carga dramática do filme.
Um senhor de bengalas, leva uma criança pela mão até uma parte mais alta de uma calçada, onde ele tira a roupa e a expõe para uma platéia, os homens ao verem o corpo nu da criança se masturbam, claro que para isto o senhor cobra uma taxa para ver o espetáculo. O senhor é o avô e pai da menina, e o filme retrata a exploração sexual e a pobreza existente no Nordeste.
É um filme verdadeiro, e cru, explicito na apresentação do tema, muitas pessoas não irão gostar, mas não é uma questão de gostar, e sim de sentir...seja qual for a reação. Mas na vida real não se pode dar as costas a esta situação.
Antes de postar fui pesquisar sobre o filme e vi um comentário que me fez transcrever aqui...
Daniel Levi – o Globo online
O baixio das bestas – é uma jornada pela miséria humana
"Tá sentindo um cheiro estranho? É a podridão do mundo", diz um homem. "Baixio das bestas" (veja o trailer), novo filme de Claudio Assis que estréia nesta sexta-feira, é mais uma viagem no universo particular de seu autor. Uma jornada de uma hora e vinte pela miséria, decadência e podridão humana. Decididamente, não-indicado para pessoas de estômagos sensíveis, cabeças fechadas e obcecadas pelo bom gosto.
Assim como em seu primeiro longa-metragem, "Amarelo manga", (2003) e no curta "Texas hotel" (1999), os temas com os quais o diretor parece confortável são sempre desconfortáveis. E, talvez, por isso mesmo, mereçam atenção e reflexão. Ao mesmo tempo, são revisitados situações, enquadramentos e movimentos de câmera que dão às três obras uma unidade incontestável. É como se todos os seus personagens fossem aparentados, próximos, integrantes da mesma Comunidade. No universo "mundo cão" dos três filmes, eles dariam a mão a cantarolar. Heresia; estamos falando dos personagens de Claudio Assis. Eles iam é se matar na porrada.
"Baixio das bestas" não enrola nem amacia. Um "Irreversível" da Zona da Mata - guardadas as devidas proporções -, assim como no polêmico filme francês, em "Baixio das bestas" não há vaselina. Até por isso, Caio Blat e Matheus Nachtergaele gritam numa orgia: "- Cadê a manteiga? Hoje eu quero c*!". Masturbação, estupro, espancamento de mulheres, exploração de menores, pedofilia, sodomia, depilação íntima feminina in loco (ou em foco, ou em close), um pouquinho de sexo explícito, pênis na tela, vaginas na tela, está tudo lá. Por trás, um estudo cru e cruel sobre a exploração humana, sobretudo da mulher.
De um lado, a menina explorada pelo avô - que também é seu pai -, sendo exposta por ele, nua, para caminhoneiros. Um puteiro freqüentado por violentos agroboys é o outro lado da moeda responsável pela carga dramática do filme.
Onde tu conseguiu esse filme, Márcio?
ResponderExcluirVi Amarelo Manga dele e é realmente muito bom,quero ver esse agora!