A imagem de um mito

Com o aumento de inúmeras edições (revistas, livros, blogs...), em comemoração a vitoriosa Revolução Cubana, surgem questionamentos em função dos personagens da história. Dentre inúmeras opções de conversa, acabei comentando com um amigo sobre a foto tradicional de Ernesto de La Serna Guevara o CHE; fato este que ele não sabia, a razão do olhar perdido do revolucionário, li na biografia do Che, e depois pesquisando, que ele estava num funeral das vitimas a sabotagem do barco “La Couvre”, em março de 1960.
Em uma entrevista do qual transcrevo parte, o fotógrafo Alberto Korda revela a percepção para tirar a foto que se tornou a 2ª imagem mais conhecida do mundo ,só perdendo para outro revolucionário Jesus Cristo...

“El Che se había mantenido en un segundo plano. Se acerca a mirar el río de gente. Lo tengo en el objetivo, tiro uno y luego otro negativo, y en ese momento el Che se retira. Todo ocurrió en medio minuto.”

A imagem de Che só ficou conhecida 07 anos após, quando um editor italiano solicita fotos de Che a Korda.
Korda diz

“En octubre muere el Che y Feltrinelli imprime mi foto en un cartel de un metro por 70. Se dice que vendió un millón de ejemplares en seis meses. ...Se advierte en su mirada la cólera reconcentrada por aquellas muertes, hay una impactante fuerza en su expresión”.

Nascia assim a imagem de um mito... imagem que esta associada a diversos movimentos sociais e torcidas de futebol. E foi numa manifestação em Milão que estudantes em meados dos anos 60, usaram pela 1ª vez a imagem como um estandarte de justiça e igualdade.
Outra imagem marcante do Che, é aquela em que ele aparece morto na Bolívia sobre um tanque , rodeado pelos militares bolivianos , onde há uma grande semelhança com o quadro “lamentação sobre o Cristo Morto” do pintor Anrdea Mantegna. Incrível é que seus assassinos deram a todos a imagem de um Mártir, que visto junto com o quadro do corpo de Cristo, parece uma cópia...



Trecho da entrevista de Korda a jornalista Mireya Castaneda do jornal Granma Internacional;


Márcio Mombach





Korda e sua foto

Che morto
Cristo morto

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